20/04/2009
O Olhar Encena [7]
Poema das 23 vistas da casa, da vida, da morte e dos ratos
Vejo uma casa à minha frente.
Vejo uma casa à esquerda.
Vejo, à direita, uma casa.
A casa que eu vejo está vazia
Mas a casa que eu vejo está
habitada de ratos.
Nada disso, a casa que eu
vejo está despida
E a casa que se vê está pintada.
Pois, pintada de branco
Eu vejo pintada de sujo
Eu vejo pintada de sangue
Eu não vejo e se visse
não via uma casa
via muitas
Eu vejo uma
Eu vejo duas
Eu vejo uma ao lado da outra
Eu vejo uma atrás da outra
E as duas que
eu vejo estão com vida
Eu vejo-as com morte
A morte não se vê
Nem as casas
Pois se é só uma
A morte
A vida
A casa.
Fonte: http://eraumavezumrapaz.net/
Orleyd Faya
Diretora do Núcleo MOTIN
Colaboração de Madeleine Alves
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